O Nivelamento | parte II

O Nivelamento | parte II

Tempo de leitura: 10 minutos

Agradecemos a você por ter chegado até este ponto e fazemos a você mais uma vez a seguinte pergunta:

Você tem certeza de que deseja continuar conosco nos estudos?

Deixamos aqui uma breve reflexão/paradoxo para ponderar:

Sempre que surge um desejo de alcançar algo, esteja certo de que é uma manifestação do ego.

O que você resiste, persiste.”

Carl Jung

Toda solução proposta pela mente egoica parte do pressuposto de que há um problema a ser resolvido, e frequentemente essa “solução” acaba se tornando um problema ainda maior do que aquele que se pretendia solucionar.

O racionalismo moderno diminuiu nossa capacidade de reconhecer e vivenciar a sabedoria de diversas culturas antigas.

Nosso pensamento egoísta nos privou da habilidade de sentir a profundidade e a sacralidade da vida, bem como de perceber os diferentes níveis de consciência que, atualmente, estão quase inacessíveis para a humanidade.

Com esse ensinamento em mente, propomos a oportunidade de explorarmos conhecimentos que foram esquecidos ao longo do tempo e que têm sido divulgados pela ficção científica por meio de filmes, séries, documentários, livros, blogs, fóruns, entre outras mídias.

É importante esclarecer que o que iniciaremos aqui não se configura como um estudo religioso no sentido ortodoxo. Trata-se, antes, de uma crença na existência de um poder ou princípio superior e sobrenatural, que influencia o destino humano e ao qual devemos respeito e obediência, seguindo as Leis Universais que o regem; um verdadeiro Religare.

NÃO ABORDAREMOS TEMAS DE FORMA RÍGIDA, ABSOLUTA E IMUTÁVEL, mas sim de maneira que permita aprimoramentos à medida que nos abrirmos à verticalização. Observem bem, VERTICALIZAR é a chave!

O Conhecimento é Horizontal – A Consciência é Vertical.”

O Rei, Filme Coração Valente.

Com base nisso, precisamos também adotar uma abordagem horizontal para que o conhecimento, livre de bandeiras religiosas, possa nos nutrir até que nossa verticalidade se manifeste. A verticalização não acontece apenas por querer; é um processo semelhante à meditação.

Alcançamos níveis profundos de meditação quando permitimos que nossa consciência fique livre para perceber a conexão interior que bloqueamos constantemente desde o nascimento, um processo influenciado pela Matrix.

No filme “Coração Valente”, o rei (antagonista da história) questiona seu subordinado sobre como matar uma ideia. Diante da resposta negativa do servo, o rei afirma: “Uma ideia é morta com uma ideia melhor!”

Esse pensamento nos leva a refletir sobre a trajetória humana ao longo dos milênios, muitas vezes acomodada em relação ao que a vida oferece e ao que podemos nos tornar, destacando que a melhor resposta sempre esteve em manter certos aspectos das relações em detrimento de NOVAS DESCOBERTAS.

Por exemplo, se a humanidade nunca tivesse valorizado o sentimento de liberdade, provavelmente ainda estaria inventando novas formas de aprisionar seus semelhantes, fazendo da escravidão algo comum no cotidiano contemporâneo.

Outro exemplo é a rica contribuição da mitologia grega, com suas epopeias e aventuras heroicas, dramas e intrigas dos deuses do Olimpo, que nos ofereceu uma visão antropomórfica de DEUS, refletindo comportamentos semelhantes aos humanos, como os de ZEUS, o soberano do lar dos deuses na antiga Grécia.

Essa percepção está enraizada em uma busca imatura pelo conhecimento, sendo mais fácil humanizar algo ou alguém do que transcender essa visão em relação à vida. Isso explica por que diversas tendências sociais e religiosas frequentemente entram em confronto ideológico com outras escolhas filosóficas.

Claro, o progresso dessa jornada não foi marcado apenas por celebrações.

As verdades tiveram que superar conceitos e preconceitos milenares, que resistiram e ainda resistem a qualquer conhecimento que aspire a direitos e deveres para com os outros, um desafio comum a todos os movimentos.

Mas, como essa jornada é feita com passos calmos e sábios, não devemos ceder ao imediatismo, pois toda descoberta começa em seu local de origem, mas eventualmente exige novos incentivos na consciência daqueles que redescobrem seus valores recorrentes.

Todos possuem diversos níveis de conhecimento e, principalmente, de consciência, onde tudo é relativo, exceto o criador…

O conhecimento nos oferece uma visão horizontal do mundo, pois nos ensina sobre a diversidade de intelectos com os quais convivemos, mas é a consciência que nos ilumina sobre o uso correto do conhecimento para o bem comum, promovendo novas ideias de libertação de contextos obsoletos, por meio da elevação moral da consciência, que nos permite enxergar novas perspectivas sobre nossa realidade, em busca constante da melhoria da vida do indivíduo em relação a si mesmo e aos outros.

Portanto, a consciência é vertical.

Se você compreendeu um pouco ou totalmente o que foi escrito acima, certamente está pronto para a próxima etapa que será apresentada.

Em cada fase de nossos estudos, o material introdutório é crucial, pois, se observarmos atentamente, somos levados a verticalizar pelo conhecimento horizontal que nos é oferecido. Portanto, acalme seu coração e aprecie cada post apresentado aqui, assim como todos os anteriores, que carregam reflexões atemporais.

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