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Em tempos nós seres de Luz, ao adentrarmos no ciclo reencanacional, ficamos sob o véu do esquecimento experimentando diretamente experiências na matrix. Essas experiências estão gravadas em padrões na nossa psiquê e DNA, são apresentadas assim que renascemos para que possamos continuar no ciclo da Roda de Samsara.

É essencial compreendermos que, independentemente de quão positiva possa parecer esta vida mundana — ou mesmo apenas uma pequena parte dela —, no final, ela falhará, pois absolutamente nada funciona de fato no samsara.

Dzongsar Khyentse Rinpoche (Butão, 1961 ~)

Nossos ciclos reencarnatórios nos proporcionam vivenciar diversas experiências materiais, como poder, subjugação, riqueza, pobreza, saúde e doença, experimentando os aspectos positivos e negativos que uma encarnação em dimensões mais densas pode oferecer.

Em cada uma dessas experiências, o espírito adquire conhecimento, aproximando-se ou distanciando-se da verdade divina ou do Eu Superior, conforme alguns preferem denominar.

Com a entrada na fase de regeneração planetária em Gaia, novas frequências vibracionais foram liberadas, permitindo-nos derrubar os “véus” que nos possibilitarão uma nova perspectiva, colocando-nos como protagonistas neste momento evolutivo do nosso planeta e do espírito.

Você quer tomar a Pilula Vermelha, tem certeza ?

Aproveitamos este momento para convidá-lo a embarcar conosco em uma nova linha de estudos, distintos dos convencionais, que sempre se basearam nos padrões que sustentam o ciclo reencarnacional.

O objetivo deste convite é mostrar que a verdade mais profunda do nosso SER não é exclusiva de uma religião ou tradição espiritual específica, mas pode ser encontrada no coração de cada indivíduo, por meio do entendimento.

Você está sendo convidado a sair da Torre de Babel, símbolo da fragmentação da humanidade em inúmeras línguas, crenças, culturas e interesses, seguindo o conceito de “dividir para conquistar” do imperador romano César.

Babel representa, literalmente, “o portão de Deus”, sendo este portão a nossa mente condicionada.

Para aqueles que reconhecem sua verdadeira natureza, sua essência além de nome e forma, esses são iniciados no grande mistério além dos portões da mente pensante.”

Samadhi

Estes estudos visam alcançar a essência do ensinamento de Swami Vivekananda, que diz: “O fim de todas as religiões é a percepção de Deus na alma. Eis a única religião universal.”

Quando falamos de Deus, referimo-nos a uma metáfora para o transcendente, que aponta para o grande mistério além da mente egoica limitada. Compreender o verdadeiro “eu” ou o “Eu” imanente é perceber a natureza divina em si mesmo.

Os ensinamentos espirituais verdadeiros são como dedos apontando para a verdade transcendente. Se nos apegarmos ao dogma, ficaremos estagnados em nossa evolução espiritual.

Perceber a verdade além de qualquer conceito é libertar-se de todos os apegos e conceitos religiosos.

Do ponto de vista do ego, o caminho para a comunhão com o universo é como um abismo. São João da Cruz disse: “Se desejas ter certeza do caminho a seguir, será preciso fechar os olhos e caminhar no escuro.” “Viver plenamente é estar sempre na terra de ninguém… e estar disposto a morrer repetidamente.”

Toda alma tem o potencial de manifestar um novo nível superior de consciência, despertando de seu sono e de sua identificação com a forma.

Nossos estudos não se apegam a bandeiras religiosas; eles começam com a montagem de vários quebra-cabeças deixados pela história da humanidade, observados através das “lentes da alma”.

Não existe uma verdade absoluta; todos aprenderemos de tudo, permitindo que a simplicidade seja nossa guia nesta nova jornada.

Onde está aquela Lua que nunca nasce ou se põe? Onde está a alma que nem conosco nem sem nós está? Não diga que está aqui ou ali. Toda criação é “Isso”, mas para os olhos que podem ver.”

Rumi

No caminho para o despertar, existem sempre duas polaridades, duas portas de entrada: uma em direção à consciência pura, a outra em direção ao mundo fenomenal. A direção ascendente aponta para o absoluto, e a descendente, para Maya e tudo o que se manifesta.

A relação entre o relativo e o absoluto pode ser resumida por Sri Nisargadatta Maharaj: “Sabedoria é saber que sou nada, amor é saber que sou tudo, e entre os dois minha vida se move.”

O que nasce desta união é uma nova consciência divina, nascida não de uma coisa que já existiu, mas de uma nova criação, uma Trindade perene. Deus, o Pai, o transcendente, une-se ao Sagrado Feminino, o mutável, em uma transformação alquímica, um tipo de morte e renascimento.

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